Quem Somos

Mário Ferreira nasceu em Lisboa, onde, desde cedo, se viu dividido entre o fascínio pelo mar e uma curiosidade quase científica por tudo o que piscasse luzinhas ou emitisse sinais misteriosos. Como não se decide entre ser navegador ou electricista, resolve fazer ambas as coisas.

Cresceu em Paço de Arcos, onde as idas à praia faziam parte da rotina familiar. Numa dessas caminhadas, o seu pai, oficial da Armada, voltou-se para ele e disse, com a solenidade de quem dita um destino: “Quando fores grande podes ser tudo o que quiseres, excepto… oficial da Marinha!” A guerra colonial e um instinto protetor terão ditado aquelas palavras. Niunca mais voltaram a falar no assunto. Jjá depois da Revolução, quando Mário decidiu ingressarMário Ferreira na Marinha, o pai terá recebido a notícia com um misto de alívio e orgulho disfarçado.

Assim começou a sua vida no mar, passando pelas pontes da “Almirante Magalhães Correia” , “Almirante Pereira da Silva” , “João Roby” , “Ribeira Grande” , “Comandante João Belo” e “Vega” , onde ocupou cargos que iam da Navegação às Armas e Electrónica e Informações de Combate.

Olhando para o horizonte, percebe que o mundo é grande demais para ficar restrito a um único ofício. Decide, então, aventurar-se como formador de electricidade e electrónica, partilhando o conhecimento acumulado sobre condutores, circuitos e descargas elétricas (algumas involuntárias). Paralelamente, assume um novo desafio: a vida de skipper, levando veleiros de um ponto a outro e navegando pelas águas turbulentas – tanto as marítimas quanto as do espírito humano.

Mas a sua inquietação profissional não termina aí. Lança-se no mundo do comércio musical, abrindo uma loja de boa música na esperança de atrapalhar a expansão pimba. Quando percebe que o destino lhe sorri de formas inesperadas, dedica-se por dois anos a viver de arbitragens em apostas desportivas, criando um modelo matemático baseado numa distribuição de Poisson tão sofisticada que, quando finalmente ilegalizaram as apostas em Portugal, talvez tenha sido em resposta direta ao seu sucesso.

Ainda assim, a paixão pelo mar fala mais alto e ele atravessa meio mundo para abrir uma guesthouse na Tailândia, onde troca histórias de marinheiros por relatos de turistas deslumbrados. De volta a Portugal, aceita trabalhar na empresa marítimo-turística Palmayachts, onde une experiência e hospitalidade para proporcionar aventuras náuticas a quem sonha com o vento nas velas.

No entanto, o Sueste Asiático não lhe sai da cabeça e, numa dessas idas e vindas, acaba por casar com Rinlada, uma cidadã Tailandesa. Agora, atingida a idade da reforma, decide que é tempo de trocar as ondas do Atlântico pelas margens do Mekong e pelas vastas planícies do Issan, fixando residência na terra natal da sua mulher, perto de Surin. Entre campos de arroz e elefantes pachorrentos, de uniforme trocado por uma camisa florida, de comandante a contemplador, constrói mais um capítulo da sua vida, provando que um verdadeiro marinheiro sabe sempre onde fica o seu porto.

Boas Viagens!

 

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